Brasil: Basta de práticas antissindicais contra xs trabalhadorxs da saúde!
Jun 18, 2021
Apoie os dirigentes sindicais Edson Fedelino e Marilurdes Silva de Faria (do Sindsaúde), que foram suspensos por 30 dias sem salário após darem entrevista à imprensa exigindo Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e testes Covid-19 para trabalhadorxs da saúde.
Apoie os dirigentes sindicais Edson Fedelino e Marilurdes Silva de Faria (do Sindsaúde), que foram suspensos por 30 dias sem salário após darem entrevista à imprensa exigindo Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e testes Covid-19 para trabalhadorxs da saúde.
Não é segredo que a resposta do governo brasileiro à crise da COVID-19 tem sido uma das piores do mundo. Uma combinação letal de negacionismo, violação pública das práticas básicas de distanciamento social da Organização Mundial de Saúde e sabotagem ativa dos esforços para adquirir vacinas.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo não tinha organizado o Sistema de Saúde mesmo sabendo que o Covid-19 estava chegando. Em março de 2020 o Sindsaúde-SP- Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo teve que entrar na Justiça para ser recebido pela Secretaria Estadual de Saúde e finalmente dialogar sobre a pauta de reivindicações da categoria como por exemplo a falta de EPIs - Equipamentos de Proteção Individual e de testagem de Covid 19 para os trabalhadores e as trabalhadoras da saúde.
Em abril de 2020 em todo estado, nos deparamos com vários problemas de falta de infraestrutura, equipamentos, insumos e treinamento das equipes, assim como de orientação sobre procedimentos ao tratamento e proteção para a equipe. Houve várias denúncias a imprensa sobre falta de EPIs e condições de trabalho. Neste período os sindicalistas Edson Fedelino e Marilurdes Silva de Faria, indagados pela imprensa da cidade de Ribeirão Preto responderam que os EPIs do Hospital das Clínicas, o maior da região, não tinha equipamentos de proteção suficientes, tanto era verdade que unidade fez uma arrecadação pedindo doações (vaquinha) para comprá-los pois os recursos do Estado eram escassos para compra dos materiais.
Os dirigentes sindicais no mundo inteiro e no Brasil também fizeram várias denúncias sobre condições de trabalho, preocupados com contaminações de vários trabalhadorxs da saúde. Ser sindicalista na área de saúde em tempos de pandemia significa, caso necessário, divulgar essas demandas. No entanto a direção do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto ao invés de dialogar com o SINDSAÚDE-SP e buscar garantir condições dignas de trabalho aos profissionais que lá trabalham, abriu um processo administrativo contra os sindicalistas, impondo uma punição de 30 dias e suspendendo o salário em uma atitude que caracteriza prática antissindical e desrespeita a Constituição Federal e a Convenção 151 da Organização Internacional do trabalho (ratificada pelo Brasil) que garante a liberdade de expressão e organização sindical no setor público.
Informamos ainda que a situação no Brasil se agrava a cada dia devido ao descaso do governo federal com a pandemia, corte de investimentos nos serviços públicos de saúde, falta de leitos nas Unidades de Internação Intensivas e com o processo de vacinação contra a Covid 19 que precisaria ser urgente e massivo sendo ainda escasso, lento e restrito.
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Exija a reversão imediata das injustas suspensões de Edson Fedelino e Marilurdes Silva de Faria do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
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